quarta-feira, 9 de junho de 2010

Custo da Guerra de Cada Dia


Há rankings para todos os gostos e motivações no mundo. A rankingmania ataca desde as artes (afinal é muito importante saber que o álbum X é o 7º mais vendido em ano ímpar de pianistas destros) até a economia e o desenvolvimento.

Um destes rankings muito populares é o Global Peace Index (GPI). O GPI juntamente com o Failured State Index (FSI), é amplamente usado pelo setor financeiro e corporativo para medir o grau de segurança de um país.

O mais recente relatório do GPI coloca o em 83º (dentro de 149 países). Assim, segundo o GPI há 82 países mais tranqüilos de se viver do que o Brasil.

A criminalidade, o número de homicídios, a percepção da violência pela sociedade, a facilidade de acesso a armas de fogo e o nível de respeito aos direitos humanos são apontados como os principais pontos negativos do país entre os mais de 20 indicadores analisados para o índice.

Em uma pontuação que vai de 1 (mais pacífico) a 5 (menos pacífico), o Brasil teve 2,048 neste ano, numa leve piora em relação ao ano passado, quando teve um índice de 2,022. Ainda assim, o país subiu duas posições no ranking em relação a 2009.

O GPI usa indicadores secundários, medidos em condições desiguais. Mas, se não é um retrato da paz é um bom instantâneo de aspectos de paz social que geram custos econômicos (o objetivo final do GPI).

O GPI pode ser acessado (o site permite a montagem de mapas, linhas de tendência e outras diversões).


Segundo cálculos do último GPI , o Brasil ganharia US$ 101 bilhões anuais sem violência interna.

O BID já havia feito um cálculo de cerca de 110 B de perdas pelas violência. É impossível fazer as contas do custo exato da violência, mas é fácil saber que ele é bem superior ao da paz.